As redes sociais inspiram modinhas.
Umas mais chatas. Outras até interessantes. E elas chegam como uma avalanche e todo o mundo (todo o mundo mesmo) quer entrar na onda.
Um dos maiores exemplos é minha mãe. Ela queria trocar de celular. Queria um mais rápido e que pudesse acessar facilmente a internet. Questionei um bocado e acabei descobrindo o real motivo. Ela queria um que tirasse selfies. Ahhhh, benditas selfies. Não julguem, minha mãe tem 64 anos.
Mas, assim como minha mãe, milhares de pessoas trocam seus celulares atrás de funções que elas nem sabiam que existiam e que, hoje, não conseguem viver sem (vai entender os humanos).
Outra moda que veio com as redes sociais foram as #hashtags (eu sei que não tenho que usar o símbolo aqui, foi só para ilustrar).
Hoje, se usa esse jogo da velha pra tudo. Tirei uma foto correndo, #running. Foto de bebê, #babylove. Não fui com a sua cara, #prasinvejosasdeplantão. Tem gente que nem escreve mais uma frase. São sequências de hashtags sem fim só para dizer alguma coisa.
A real função é reunir assuntos do mesmo tema. Mas é incrível como as pessoas a utilizam para dar ênfase a uma palavra/frase. Eu chamaria a hashtag de bold das redes sociais (negrito).
Fotos do almoço, fotos de vida saudável, regime, fotos de felicidade. Sim, todo mundo é feliz no Facebook, Instagram etc. Menos no Twitter. Lá todo mundo é revoltado ou fala besteira como meu amigo Mario Caruso. Mas esse é um outro ponto.
Ah, no Google + a galera é meio ausente.
Voltando a felicidade. Se você passar 3 horas por dia no Facebook é certeza que vai entrar numa depressão profunda. Tudo é lindo. Ninguém posta nada falando que engordou ou que está tendo um almoço normal. Parece até a campanha da nossa presidenta. O país tá uma merda, porém, lá tudo é lindo.
Não, não vou entrar em política.
Eu fico imaginando qual será a próxima moda das redes sociais. Ou qual será a próxima rede social. Enquanto penso, vou mandar boa tarde para os meus grupos do WhatsApp com uma foto de um pôr do sol.
Por Leonardo Assennato